Aos 100 anos, idoso contraria o tempo e esbanja saúde e lucidez

Vithoria Sampaio

Nascido em maio de 1924, o centenário Ranulfo Eduardo de França, esbanja saúde e lucidez. Natural da Bahia, ele vive em Mato Grosso há mais de 80 anos, onde trabalhou em garimpos, fazendas e construiu sua história junto com a esposa – já falecida. Ao lado dos 7 filhos, ele fez de Cuiabá sua morada.

Ranulfo veio para o Estado na companhia de um irmão para buscar mais qualidade de vida e desde então nunca mais voltou para sua cidade natal. Eles chegaram em uma comitiva e sua primeira estadia foi em Poconé, em seguida Nova Brasilândia e depois a Capital.

Durante sua trajetória ele conheceu a esposa Valdevina, com quem ele teve 7 filhos. Atualmente, já é avó e bisavô. Apesar de sua casa viver cheia, ele não abre mão de fazer as coisas por conta própria, mantendo a independência e a boa mobilidade.

“Eu ando tudo com minha bengalinha, limpo aqui dentro de casa. Já o quintal, meu filho mais velho limpa. Faço meu café, não tem nada bagunçado aqui, se não vê uma camisa suja e jogada”, explicou.

Após uma vida de muito trabalho árduo, hoje com a idade avançada, senhor Ranulfo, vive uma forma mais tranquila. Ele esbanja saúde e a única medicação que toma é para a pressão. Católico, ele não abre mão de rezar e acredita que o segredo de sua vida longa é a “vontade de Deus”.

“O segredo para chegar aos 100 anos é Deus dando força, se ele não der, não irá chegar, com a idade que eu to não é moleza não, eu to vivendo com saúde, não aborreço um filho meu falando que preciso ir ao médico, tomo meu remédio duas vezes por dia, benzo sempre meu corpo e rezo”, pontuou.

Além da companhia da família, ele conta com a companhia integral do cãozinho Feroz que ganhou de um dos filhos, gosta de plantas, de assistir televisão, comer e dormir. Para Carlos Eduardo, ser neto do senhor Ranulfo é gratificante e um eterno aprendizado.

“Ser neto dele é muito gratificante, todo dia aprendendo algo bom e diferente, ele conta muitas histórias do garimpo dos amigos, ele nos ensina muita coisa, são 100 anos”, disse orgulhoso.

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