Com a Internet a gente fica sabendo de tudo: o que deseja, o que não procura e muitas coisas indesejáveis. Numa dessas vi uma foto recente de Robert Redfort, ator de filmes que sempre me lembrarei: Butch Cassidy and the Sundance Kid, Golpe de Mestre, Todos os Homens do Presidente e O Grande Gatsby. Olhei, pensei, onde ficou o “sex symbol” do passado? Sei que ele teve uma vida dura, conturbadíssima, mas creio que soube se livrar das perdas como poucos. Pois, no ano que vem ele será nonagenário. As mulheres, anotem, foram importantes em sua vida, a primeira esposa o livrou da bebida. Nossa estonteante Sônia Braga fez que voltasse a acreditar no amor e assim vai. Pouco sei da sua vida. Ganhou vários prêmios, e só ganhou um Oscar como diretor. Apesar das críticas ao seu desempenho em O grande Gatsby o achei perfeito para representar a personagem. Mas queria mesmo é falar de velhice, e já estou divagando, coisas de velhos também. Não li suas opiniões sobre a velhice, nem sei se emitiu alguma. Queria apenas chamar a atenção àquelas/es que ainda – nos tempos atuais – acham que existe a “eterna juventude”. A única idade é a vivida. Viva como você é, deixe o tempo traçar seu rosto e o seu andar, fazendo exercícios e comendo adequadamente. As marcas profundas no rosto e no pescoço de Robert Redfort não tiram dele a beleza e o encontro que teve. Estão eternizadas nos filmes que fez. Adeli Sell é professor, escritor e bacharel em Direito. Navegação de Post TRILHANDO VIDA